Passeio em São Paulo

Passei 10 dias em São Paulo visitando meus familiares. No primeiro dia, fiquei na casa de minha avó, de quem eu tinha muita saudade. À noite, fomos todas dormir na casa de minha irmã – foi muito gostoso - ficamos conversando um bom tempo e na hora de dormir minha mãe e minha avó dormiram no quarto de hóspedes, e minha irmã e eu dormimos no quarto dela, já que meu cunhado estava viajando.

No dia seguinte, almoçamos num restaurante peruano – bem apimentado!

No início da semana, aproveitei para passear no Shopping Center e fiz pequenas compras. Depois, almoçamos com meu irmão na Liberdade, num restaurante self-service. Foi uma delícia, pois tinha muita variedade!

Meu irmão fez um vídeo comigo, minha avó e minha mãe. Dublamos uma linda canção, e que publicarei aqui tão logo seja editado. Foi super divertido!

Ainda no meio da semana, minha irmã nos presenteou com ingressos para o musical Mamma Mia – espetacular!

No final de semana, antes de voltar para casa, minha mãe e eu almoçamos com nossa amiga Irene.

No domingo, fomos ao Parque do Ibirapuera assistir o concerto com o maestro João Carlos Martins e Filarmônica Bachiara SESI – fizemos um farto piquenique. O jantar foi num restaurante japonês, com rodízio à vontade – me esbaldei!

Adorei meu passeio!

A todos vocês, que me acompanharam neste ano de 2011, meu muito obrigada e votos de BOAS FESTAS!

PPS enviado por Dirce, minha psicóloga

Produzir é o melhor remédio...

Depois de minha volta do Guarujá, ao ver as fotos da viagem, lembrei que minhas colegas de quarto usaram biquíni para ir à praia, e isto me deixou frustrada por mais de uma semana, por ter usado maiô. Fiquei falando várias vezes por dia aqui em casa que eu poderia ter procurado melhor em outras lojas e, de certa forma, eu jogava a culpa em minha mãe por não ter me ajudado a achar um biquíni que me servisse. 

Cheguei a ter uma leve recaída na hora de levantar da cama nas manhãs seguintes. Criei uma neurose que me tornou repetitiva e desagradável. Conversei sobre esse assunto tanto com minha psicóloga, quanto com o médico psiquiatra.  Ambos falaram que eu deveria me controlar mais para não repetir as mesmas coisas a toda hora e que o importante não era a roupa que eu estava usando e, sim, o passeio que tive o privilégio de participar.

Pensando melhor, entendi a preocupação de minha mãe para que eu usasse maiô, pois estava acima do peso, e se vestisse um biquíni só estaria evidenciando meu sobrepeso, que tenho conseguido perder com a dieta dos dias alternados. Com certeza, até o final do ano, terei um biquíni bem bonito em meu guarda-roupa. Afinal, as férias de final de ano estão bem próximas.

Nesses últimos 15 dias, tenho me animado mais e me concentrado melhor no treino do piano. Sei que depende da minha força de vontade para que eu possa tocar músicas mais avançadas.

Também iniciei um curso de Artesanato onde estou fazendo caixas decorativas com pintura MDF, que consiste em lixar uma caixa de madeira e pintá-la com tinta à base de PVA. Até agora fiz dois trabalhos: um porta-jóias que presenteei minha mãe e uma caixinha para saquinhos de chá, que pretendo dar para minha professora de piano, que esta semana foi muito gentil e me deu de presente um par de sapatos. 

Outra coisa boa que aconteceu por esses dias foi a instalação de um codificador de satélite em meu quarto. Agora conto com mais de 143 canais, desde documentários, seriados e filmes, variedades e canais de música. Estou gostando muito!

Até a próxima! 

Excursão para a “Pérola do Atlântico”

Nesta semana, passei três dias na praia junto com o pessoal do CAPS. Foi muito divertido!

A viagem estava marcada desde o começo do ano e quase foi cancelada, porque o pacote acertado era inicialmente para 20 pessoas. Por fim, foram onze: sete homens e quatro mulheres.

Ficou combinado de todos se encontrarem em frente ao CAPS, às duas horas da madrugada... Isso mesmo! Imagine o sono que eu estava... Mas, como eu iria para um passeio, aguentei firme e forte. Uma van nos levou até o Guarujá.

Chegamos por volta das 7h30 na pousada, deixamos a bagagem nos quartos e nos dirigimos para o refeitório tomar café da manhã. Depois, vestimos roupa de praia e fomos direto para o mar...  Estreei meus óculos novos, uma bonita canga e um gracioso chapéu.

A Colônia de Férias da Sociedade Recreativa Bandeirantes localiza-se na cidade de Guarujá, a 90 km da cidade de São Paulo, situada na Praia de Astúrias, conhecida como a Pérola do Atlântico, em frente para o mar.

De volta da praia, o almoço era servido entre 11 e 13 horas, com muitas opções e fartura de sobremesas. Uma delícia! Saí totalmente da minha dieta... E, olha que eu já tinha perdido alguns quilinhos... Mas, recupero na volta, pois era irresistível deixar de colocar no prato tanta coisa boa... Comi com os olhos!

À noite fomos passear no Shopping Center e ficamos até 22hs, quando o motorista da van veio nos buscar para levar de volta à pousada. Nessa hora eu já estava exausta, recebi a medicação da noite e capotei. 

No dia seguinte, amanheceu chuviscando. Mesmo assim, logo depois do café, fomos à praia. À tarde ficamos na pousada tirando fotos, os rapazes ficaram jogando bilhar e as garotas descansando no salão de estar. Assim que melhorou o tempo, demos um pulo à feirinha de artesanato, onde comprei um vestido para colocar por cima do maiô – uma gracinha! De noite, fomos à sorveteria que era do lado da pousada. Hora de dormir...

No último dia do passeio, após o café veio a van e nos levou para conhecer outras praias do Guarujá: Pitangueiras e Enseada. Voltamos para almoçar na pousada. Depois disso, descansamos. À tarde, fomos para a praia nos divertir mais um pouquinho. De volta, arrumamos as malas, nos vestimos para seguir viagem, que aconteceu depois do jantar servido às 18hs.

O motorista deixou cada um em sua própria casa. Cheguei a poucos minutos de meia-noite... Até parecia a Gata Borralheira... Será que a van iria se transformar em abóbora? 

Bring me Sunshine, The Jive Aces

Dieta Definitiva

Há um ano escrevi sobre Dieta Mental, onde comentei que eu estava acima do peso e precisava fechar a boca.

E de lá para cá continuei com o peso igual, mesmo continuando a fazer atividade física, como hidroginástica e exercícios de bicicleta e esteira na Academia.

Parece que agora conseguirei emagrecer, porque nos últimos sete dias tenho adotado uma dieta que me permite perder peso sem sentir fome o tempo todo. A ideia é simples: comer dia sim, dia não. Só isso. Então, eu jejuo um dia e como normalmente no dia seguinte. Com isso, já perdi 1,8 kg numa semana. Estou radiante!

Esta dieta foi publicada na revista Seleções do mês de junho deste ano, baseada numa descoberta do Dr. Mark Mattson, neurocientista do Instituto Nacional de Envelhecimento, nos Estados Unidos, sobre os benefícios da restrição calórica.

“Nosso metabolismo básico se estabeleceu quando éramos caçadores e coletores e, naquela época, o padrão seria uma mistura de banquete e fome. Passaríamos vários dias sem comida até termos um festim quando se achava um bom suprimento.”

O clínico Dr. James Johnson, professor de cirurgia plástica da Escola de Medicina da Universidade Estadual da Louisiana, foi um dos primeiros a usar essa dieta na prática. Em suas pesquisas, ele mostrou que a dieta dos dias alternados podia ser usada para tratar de problemas de saúde de obesos com asma. Outros estudos indicam que a dieta reduz o risco de diabete e doença cardíaca, como também seja provável que a moderação na ingestão energética alimentar proteja o cérebro do declínio ligado à idade e à doença.

Parece ser uma dieta fácil de seguir, pois não precisa ser permanente. Acredito que é a coisa mais saudável que posso fazer por mim mesma.

A importância da família

Famìlia, Tarsila do Amaral

“O humor revela como alguém está e se torna.” (Heidegger)

A frase acima foi citada na postagem do site Bipolar Brasil, intitulada “Os Sentimentos da Família frente à Facticidade da Doença Mental”, em que Heidegger afirma que nos encontramos sempre numa situação afetiva, ou seja, estamos no mundo sempre em um determinado estado de ânimo.

O papel da família tem fundamental importância para o portador de doença mental, porque através do cuidado, carinho e atenção é que torna eficiente o tratamento médico e psicológico, necessários para a recuperação do familiar doente.

Pela primeira vez, em quase dois anos, há um mês estou em harmonia comigo mesma. Tenho levantado cedo para minhas atividades - o que era quase “impossível” quando morava sozinha. 

Consigo me organizar melhor para gerenciar o dinheiro que recebo mensalmente, anotando na agenda as despesas do mês. Aprendi a fazer uma planilha, onde anoto todos os gastos que pratico. Tenho conseguido, com isso, poupar mais para gastar com responsabilidade em coisas úteis. Aos poucos, estou eliminando o impulso de comprar por comprar... Que economia!

  Existe muito a superar, ainda, mas hoje posso dizer com orgulho que minha família é a principal responsável por eu estar mais equilibrada e independente. Sou grata pela compreensão, carinho, estímulo e, principalmente, a aceitação de minha Bipolaridade. 

Amo a todos vocês!

Abaixo um vídeo que mostra a superação de um jovem iraquiano frente à tragédia que a vida lhe impôs. Emociona!

Ciclos de Humor

 

No intuito de avaliar a diferença entre o bom humor normal da hipomania, o site Bipolar Brasil publicou um questionário para que o portador de Bipolaridade fizesse a si mesmo. Leia a postagem na íntegra: Como diferenciar bom humor normal de hipomania?
 

Achei interessante responder e resolvi publicar aqui minhas respostas, pois tenho registrado em meu diário sobre os vários ciclos de humor que já experimentei. Relembrar deles me faz reavaliar as fases agudas e concluir que hoje estou bem melhor.
 

"Em sua experiência, que situações costumam estar associadas ao início de um episódio (hipo)maníaco?"

Às vésperas de uma viagem. Uma situação de teste. Ideia fixa em adquirir algo.

"Durante aqueles momentos , o que você pensou, sentiu ou fez?"

Ansiedade. Nervosismo. Falar sobre o assunto várias vezes. Insegurança.

 
"O que você fez quando estava no auge da mania e das quais se arrepende quando olha para trás?"

Deixar de tomar a medicação. Comer compulsivamente. Passar muitas horas fora de casa em atividades que me deixavam agitada.

"Em sua experiência, como o humor (hipo)maníaco fez você acreditar que tudo estava bem e não tinha de tomar precauções?"

 Talvez eu acreditasse que se eu ficasse dormindo até tarde pela manhã, não teria tempo para pensar nas minhas frustrações. Ou, se eu passasse o dia inteiro fora de casa, sem me preocupar com a alimentação adequada e o horário correto de tomar os remédios, não seria problema algum.

"Em que você pensa agora para não se tornar novamente uma presa da ilusão de 'ser poderosa' enquanto ainda há tempo para se manter sob controle?"

Lidar melhor com minha ansiedade e insegurança.

"Quais foram as lições importantes que você tirou de seus episódios (hipo)maníacos ?"

Importância da família na minha recuperação dos ciclos de mania. Conscientização da necessidade de medicação constante e regular. Ajuda na terapia semanal.

"Que estratégias está disposta a adotar agora para diminuir as chances de sofrer essas consequências novamente?"

Ocupar meu tempo ocioso. Estabelecer horário para levantar e dormir. Controlar a fome que me acomete, antes de me deitar. Fumar menos.

Aprecie agora a música Sem Mandamentos, de Oswaldo Montenegro!

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Lembranças

Esta minha postagem é dedicada ao meu querido pai, que foi muito importante para mim. Ele me proporcionou grandes alegrias. Vivemos 15 anos juntos, dos quais guardo muitas lembranças. Era um pai brincalhão, mas bastante bravo quando eu fazia alguma arte. Meu pai é e sempre será o meu herói...

Meu irmão fez uma linda homenagem ao nosso pai, que aqui publico:

Se o teu pai é o teu herói, mesmo que ele seja um anjo no céu, deixa que toda a gente saiba que tu tens orgulho dele... Se tens um pai que lutou e que nunca baixou os braços, que sempre fez tudo por ti e para ti, apesar das dificuldades da vida... Se tens um pai como o meu, que podes sair à rua... E dizer com a cabeça bem erguida...  E gritar: "ESTE É O MEU PAI!". TE AMO PAPAI URI... PRA SEMPRE ♥♥♥♥♥!

Tornando a vida mais leve

Volto escrever um pouco sobre blogues de portadores com Transtorno Afetivo Bipolar. 

Em abril, iniciei esta sessão usando uma imagem interessante, publicada na postagem Mais um dia, vários comprimidos.  

Hoje, escolhi o blogue Transtorno Bipolar e Relatos Contínuos, da escritora Teresa Azevedo, autora do livro Espelhos e Olhos. Teresa tem uma infinidade de belos textos no Prosa e Verso, e que vale a pena uma visita.

Abaixo, um vídeo em que ela dá seu depoimento sobre a doença:

Lendo os depoimentos de blogueiros que, como eu, são acometidos por esse mal, sinto-me bastante aliviada, porque percebo que tenho lidado melhor com a doença e que a medicação que venho tomando há alguns anos, e com regularidade nos últimos 18 meses, tem contribuído para que eu leve minha vida com mais leveza...

Até a próxima semana!

Sugestão de link: Mitos e verdades sobre o Transtorno Bipolar

http://storage.mais.uol.com.br/embed_v2.swf?mediaId=11856314

De volta pro meu aconchego...

Minha última postagem foi às vésperas de ir para São Paulo, e isso há três longos meses... Faz tempo!

Nessa viagem a Sampa, fiquei com minha mãe hospedada por quase 10 dias na casa de minha irmã, que preparou o quarto especialmente para nos acomodar. Foi muito bom estar lá.

No dia seguinte de minha chegada, saímos com a família para festejar o aniversário de meu irmão num restaurante. 

No domingo, comemoramos o Dia das Mães na casa de minha irmã, com todas as mães reunidas. Foi pura alegria!

Também meus irmãos, minha mãe e eu fomos ao teatro no decorrer daquela semana.

Um dia antes de voltar para o interior, fomos visitar a sogra de minha irmã em Andradas, pois era o aniversário de dois anos de uma das sobrinhas de Adriano, meu cunhado.  Foi muito gostoso, porque estava um dia ensolarado, teve um almoço bastante farto e tocamos violão. Lembramos músicas que aprendemos quando crianças... 

No final de maio, comemorando o aniversário de minha mãe, fizemos um churrasco aqui em casa, e foi muito divertido!

No mês de junho, participei da festa caipira no CAPS. Dancei quadrilha e aproveitei os comes e bebes...

Meu irmão veio para meu aniversário no início de julho e comemoramos com um passeio a cavalo na Fazenda Nova, com direito a almoço e tudo...

E, por fim, nesta semana no CAPS, teve uma festa em comemoração aos aniversariantes do mês de julho. Recebi muitos parabéns e comi vários pedaços de bolo... Que delícia!

Semana que vem tem mais!

“Estou de volta pro meu aconchego Trazendo na mala bastante saudade querendo um sorriso sincero, um abraço, Para aliviar meu cansaço E toda essa minha vontade...”

Saindo da rotina

Às vésperas de minha viagem a São Paulo, fico tão agitada que deixo as pessoas que me rodeiam aborrecidas, porque cismo que preciso de muitas coisas para levar e insisto que não é o suficiente. Ora que o tempo pode estar frio e a roupa é pouca, ora porque quero levar outras peças do vestuário e que não caberão na mala. Deixo minha mãe de cabelo em pé!

Durante a semana, além de minhas atividades normais, tenho que sair para comprar uma mala com rodinhas, para facilitar andar no metrô. Planejo comprar algumas peças de roupa necessárias e urgentes. Quero escolher um bonito presente para o aniversário de meu irmão e algumas lembranças para meus familiares.

Tudo que foge à rotina, me causa certo desequilíbrio e sei que devo lidar melhor com minha ansiedade, pois isso me angustia, acabo atormentando as pessoas ao meu redor e sei que acabo sofrendo por antecipação.

Neurótica? Talvez. E esse comportamento acaba fazendo com que eu não aproveite o tempo para programar os passeios que quero fazer em Sampa. Preciso mudar isso!

Um pouco de descontração: O ator Bemvindo Sequeira faz a diferença entre maluco e neurótico...

Mais um dia, vários comprimidos

Mais um dia, vários comprimidos.

Meu corpo já está assim...

Comentei na postagem Você é importante que eu começaria a interagir com blogueiros portadores de Transtorno Bipolar do Humor. Esta semana passei a acompanhar vários deles, e fiz questão de listá-los na coluna à direita deste espaço.

Trica, do Lua de Fases, publicou esta foto que demonstra a quantidade de remédios que é necessária para o tratamento do TBH. Isso me deu a ideia de escrever sobre os medicamentos que eu tomo diariamente para me manter equilibrada.

Há 15 anos, comecei minha maratona com os medicamentos. No início, recebia uma prescrição para remédios contra depressão e os ciclos de mania eram bem frequentes, até que, em 2000, foi fechado o diagnóstico de TBH e passei a tomar lítio, indicado no tratamento de episódios maníacos nos transtornos bipolares - acompanhado de carbamazepina, para controle da mania e tratamento profilático da doença maníaco-depressiva, e clorpromazina, um antipsicótico.

Esses medicamentos sozinhos agem no meu cérebro, diminuindo a frequência dos episódios maníacos, mas para que eu consiga dormir melhor, por um período maior, evitando ter insônia, também me foi administrado flunitrazepan, um hipnótico (medicação usada para induzir ao sono).

Esta é minha vida, este é meu caminho...

Assim foi meu dia de Páscoa!

"A sabedoria é sem limites, e quanto mais alguém se aproxima dela, mais importante ela se tornará para sua vida. Todo indivíduo pode sempre aprimorar-se." (Leon Tolstoi)